A FINA ARTE DA NAVEGAÇÃO ALEATÓRIA.

Tag: review

  • Alternativas ao Adobe Photoshop e Illustrator

    Achei essa imagem no twitter Everblue justamente quando precisei de um software de vetor em casa para editar uns logotipos antigos. Para quem não sabe, sou desenvolvedor web mas também manjo de imagem, vetor, vídeo e diagramação. E de tempos em tempos uso, conforme o job que aparece. Até animação 2D eu já fiz. Não que eu seja autoridade no assunto, mas posso fazer um review rápido do que eu consegui testar da lista (Photoshop e Illustrator somente). Testei somente no Mac. E não testei os que estão em “menção honrosa” na imagem.

    Alternativas ao ADOBE PHOTOSHOP

    Affinity Photo
    https://affinity.serif.com/pt-br/photo/
    Ainda não testei tudo o que deveria. Mas parece parrudo em ferramentas para fotógrafos: raw, hdr, processa lote e traz ferramentas de pintura e retoque. Por 49 doletas é barato. Isso, claro, comparando com a mensalidade do pacote Adobe.

    Quanto custa: US$49,99
    Disponível: Windows, macOS e iOS

    Clip Studio PAINT
    https://www.clipstudio.net
    Pelo que entendi é voltado para o mercado japonês de mangás e animes. Com foco para desenho com tablets e canetas. Traz boas opções brushes e pincéis. Não fui muito além de abrir, testar algumas ferramentas e fechar.

    Quanto custa: 5000 ienes
    Disponível: Windows, Mac e Ipad

    Krita
    https://krita.org
    Testei pouco, mas parece bom para pintar. Tem interface parecida com o Photoshop. Pretendo deixar instalado.

    Quanto custa: De graça, open-source, e aceita doações.
    Disponível: Windows, Mac e Linux

    GIMP
    https://www.gimp.org/
    Já usei, várias vezes, é bom no geral. Faz o que se propõe, mas, pra mim, a interface me desanima. Na versão mais recente achei difícil demais trabalhar com texto. De tempos em tempos eu instalo, testo, gasto muito tempo brigando com a interface e desinstalo. Ainda verei o GIMP com uma interface do século XXI?

    Quanto custa: Free, open-source
    Disponível: Windows, Mac e Linux

    Photopea
    https://www.photopea.com/
    É basicamente um photoshop online. Até no visual lembra o photoshop. Não precisa instalar nada.

    Alternativas ao ADOBE ILLUSTRATOR

    Affinity Designer
    https://affinity.serif.com/pt-br/designer/desktop/
    Olha, me parece igual ao irmão Affinity Photo. Tem tudo o que o Illustrator tem (de funções básicas de manipulação de vetores) e custa barato. Pensando seriamente em comprar os dois.

    Quanto custa: US$49,99
    Disponível: Windows, macOS e iOS

    Inkscape
    https://inkscape.org/pt-br/
    Depois de instalar um caminhão de coisas via macports, após quase 2h de espera, consegui enfim testar o Inkscape para MAC. Funciona, mas ficou lento por aqui (mesmo com 20gb de RAM). O Hacktoon usa, recomenda e aprova. Mas ele usa Linux. Se você tem Linux, vá na fé. Se tem MAC, teste. Nem melhor, nem pior, faz quase tudo o que o Illustrator faz.

    Quanto custa: Free
    Disponível: Windows, Linux e Mac (via macports)

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  • Review: Perdido em Marte

    martian3

    Primeiro, o título brasileiro. O título Perdido em Marte é propaganda enganosa. O filme conta a história de um astronauta que tem que se virar pra voltar pra casa uma vez que ele é dado como morto e abandonado em Marte. Em momento algum do filme ele está perdido. A NASA sabe o endereço dele. É ilógico, pra não dizer burro.

    Agora o filme. Perdido em Marte é um filme do Ridley Scott, mas poderia ser do Robert Zemeckis sem maiores problemas. O filme é uma espécie de O Náufrago e cai naquela categoria de filmes bons, mas que ninguém explica como tem notas tão boas no imdb.com: O Discurso do Rei, Invictus e O Jogo da Imitação. É um filme good vibe previsível padrão, nada demais. Você já sabe o que esperar para a próxima cena. Você já sabe que vai dar tudo certo e você vai ter alguns momentos de tensão salpicadas com algumas tiradas de humor.

    Me lembrou muito o filme Twister, Lunar e Gravidade em algumas passagens. E de longe lembrou os filmes do Riddley Scott onde era difícil saber se você deve ou não simpatizar com o herói, tipo Blade Runner e Alien. Passou longe do suspense e também passou longe dos outros filmes de Scott, tipo O Gladiador, Robin Hood e O Gângster, onde você toma o partido do herói e tem um inimigo em comum para ficar puto.

    Em Perdido em Marte, o planeta é tão bonito, a cenografia é tão bonita, que você não consegue ficar puto com o ambiente hostil. Nem parece que o personagem do Matt Damon está em Marte. Parece que ele está num deserto qualquer. E o pior: parece fácil sobreviver lá.

    A Sandra Bullock se ferrou, e muito, para sobreviver no espaço em Gravidade. A tripulação do filme Alerta Solar entrou em parafuso quando deu merda na missão, a tensão do Apollo 13 do Tom Hanks me dá arrepios até hoje. Já o Matt Damon tirou de letra sobreviver em Marte. A casa caiu e o cara continua fazendo piada. Resiliência de astronauta sim, concordo, essencial para sobreviver no espaço. Mas faltou o lado humano, um apego pela sobrevivência. Em O Náufrago esse papel era da bola Wilson. Clichê? Talvez. Mas faltou algo na relação do astronauta com o ambiente. Todos os astronautas são emotivos. Menos o Matt Damon (e o alemão).

    Enfim, Perdido em Marte é previsível. Visualmente bonito e divertido. Mas longe de ser um clássico.

    themartian5

    O BOM
    – O filme bota a ciência como heroína e mostra que pra solucionar problemas você precisa ter organização, método e alta resiliência.
    – As cenas do planeta vermelho são muito boas, deveriam ter mostrado mais.
    – Verossimilhança: muita informação ali é baseada em estudos reais da NASA.

    O RUIM
    – O personagem de Sean Bean parece que está constipado o filme todo. Fora que um chefe de missão da NASA não deveria ser tão tímido. Podiam ter matado ele, seria mais engraçado.
    – A nave que parece um navio-spa: Ok homenagear 2001, mas queria saber da NASA se a ideia de nave espacial inclui tanto espaço vazio.
    – Um romance de astronautas…
    – O astrofísico, estilo hacker outsider, que tem a solução mágica que NINGUÉM da NASA considerou antes.
    – Dois atores do filme Interestellar. Toda vez que a personagem de Jessica Chastain aparecia na tela eu divagava se ela ainda estava procurando o pai pelo espaço.
    – O delay das comunicações: da forma como o filme foi editado, parece que toda comunicação é em tempo real.
    – A cobertura da imprensa no filme é surreal. A NASA transmitindo ao vivo pela TV o chat dos personagens é uma coisa que a gente não vai ver tão cedo.

    CONCLUSÃO
    – Nota 3 (de 5)

  • Star Trek 11

    Chegou aos cinemas do 11º filme da franquia Star Trek e aí vai um pequeno review da nova aventura de Kirk, Spock e cia.

    Vou pular a sinopse, as explicações sobre o universo Star Trek e ir direto ao ponto. Use o google aí.

    O filme reponsável pelo update na saga conhecida desde os anos 60 tem direção do diretor-hypado-do-momento: o pretensioso J. J. Abrams. Mas acredito que poderia ser qualquer um na direção. Já que as novas versões para o cinema de antigos sucessos seguem quase sempre o mesmo padrão: muita ação, edição de videoclipe e humor sagaz. A diferença é que J. J. Abrams simplesmente ignora a inteligência do público em prol de conduzir sua montanha-russa de ações com muitas cenas totalmente dispensáveis e certos buracos imperdoáveis no roteiro: (spoiler adiante)tipo o Spock do futuro saber da base da Federação no planeta congelado e não usar a porra do rádio para avisar a Federação do perigo iminente… O que ele fazia lá? Churrasco? E onde ele descolou madeira se o planeta só tem neve? Ou a cena em que a Uhura não reporta que ouviu transmissões suspeitas para o Capitão da Enteprise rumando para uma armadilha certa.(/spoiler)

    Esses são apenas dois de vários vacilos, menos graves, mas que insultam a inteligência de quem preza por alguma verossimilhança, mesmo em filmes de ficção científica. Das duas, uma. Ou alguém esqueceu de explicar pro Abrams que Star Trek não é Lost e que em 2 horas de filme não dá para fazer 300 flashbacks para tapar possíveis vacilos no roteiro… Ou a arrogância do diretor é tão grande que ele passa por cima da inteligência do público sem dar qualquer explicação, tipo um Godzilla destruindo Nova York. Eu ainda acho que diretor de seriado deveria só dirigir seriado.

    Mas Abrams é um bom aluno, e aprendeu a fazer filmes para a geração-internet. E Star Trek não foge à regra. Ele segue fiel a fórmula atual do blockbuster-videoclipe que já estamos ficando acostumados a ver em X-Men, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, King Kong, Transformers, Star Wars (a nova trilogia), Homem-de-Ferro, Hulk, 007, Supeman, Batman, Velozes e Furiosos e tantos outros: muita informação, ação initerrupta, cortes rápidos e movimentos rápidos de câmera, “tiradas” espertas, humor dispensável e testosterona em alta. E todos parecem ser frutos do mesmo diretor. Então tanto faz… Sabe fazer filme de ação? Tá contratado. Não sabe? Hollywood ensina.

    E o roteiro… é, o roteiro, nesse caso, é coadjuvante. É legal ver como os principais personagens da saga se conhecem e se encontram (tirando o caso do Scotty). É legal ver os personagens como cadetes na Terra. E a Terra como ponto de partida da Enterprise. Sentia falta disso nas séries e filmes. Mas ainda assim a história explora tudo isso superficialmente e em menos de 10 minutos já começa a pipocar Beastie Boys, iPhone da Nokia, testosterona, Budweiser, síndrome do fazendeiro espacial (Luke?), alienígenas a la Star Wars, viagens no tempo, planetas explodindo, planeta congelado, monstros gigantes (Cloverfield?), cenas a la Fantástica Fábrica de Chocolate/Jar Jar Binks, personagens das antigas, vulcanos extremamente emotivos e romulanos extremamente neuróticos, e, é claro, porrada. Porrada a la James Bond anos 2000 e um certo Kung Fu vulcano muito suspeito.

    Mesmo com tanta informação e dezenas de furos no roteiro, Star Trek é um puta filme, de ação. E só. É tanta ação que você só para pra respirar quando o filme acaba. Gosto de saborear filmes, não engolir tudo duma vez, sem digerir. Mas ainda assim gostei do que vi. Gostei da nova roupagem apesar de achar várias falhas no roteiro. Gostei dos personagens, apesar de sempre achar o Kirk o mais bonachão dos bonachões. E gostei do ritmo, apesar de sentir falta de uma edição mais simples, que me deixe menos zonzo. Leve um anti-náusea por precaução.

    Se o objetivo foi apresentar a geração internet ao universo Trekker, o filme pode funcionar perfeitamente e faturar alto nas bilheterias. Mas se você é fanzasso da série e gosta de bons roteiros, alerta vermelho, você pode se decepcionar, e muito. E se você já viu e virou fã, não se assuste, o universo Star Trek é grande demais para ser espremido em 2 horas de filme.

    Agora é esperar pelo segundo flime, prometido para 2011. E se nele vai pintar algum vilão do mesmo naipe dos Klingons (da época que ainda eram inimigos), Borgs ou do Khan. Já fizeram um upgrade na saga. Agora é só fazer um upgrade no roteiro e outro na direção.

    Pela ordem, os melhores filmes Star Trek:

    1. Star Trek – A Ira de Khan
    Traz o melhor vilão, Khaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaan!

    2. Star Trek – The Motion Picture
    Star Trek ao ritmo de 2001. Boa história. Fanatismo em alta no retorno da série clássica aos cinemas.

    3. Star Trek (2009)
    Nova roupagem. Novos efeitos. Ação-motanha-russa.

    4. Star Trek Ressurection
    Jean-Luc Picard merecia filme melhor. Mas a história é boa.

    5. Star Trek IV – A Volta Para Casa
    Kirk e Spock na Terra dos anos 80, salvando o planeta e falando de ecologia.

    6. Star Trek III – À Procura de Spock
    Um bom episódio longo, de duas horas, da série clássica.

    O resto dos filmes eu não comento.

    E as melhores séries:

    1. Star Trek – A Nova Geração
    Não tem o Kirk, já ganha alguns pontos por isso, mas também não tem Spock, aí perde alguns… Mas Jean-Luc Picard, Data, os Borgs e o Holodeck trouzeram temas universais à tona.

    2. Star Trek – Voyager
    Uma nave da federação vai parar na PQP da galáxia, lá onde o vento faz a curva e a série mostra o retorno pra casa. Boa série. Falta variação nos roteiros. Mas se sustenta.

    3. Star Trek – A série original
    Gosto muito, mas coloquei em terceiro porque já ficou muito datada. E só a primeira temporada presta. A terceira é uma bosta… Mas Spock reina. E o Kirk, bem, o William Shatner cunhou o termo “canastrão”.

    4. Deep Space Nine
    Em vez de audaciosamente ir onde nenhum homem jamais foi, DS9 é uma estação espacial audaciosamente parada numa região perigosa do espaço, cheia de conflitos políticos e intrigas.. não sou muito fã de politicagem espacial, mas a série tem lá seus bons momentos.

    5. Enterprise
    Péssima tentativa de ambientar Star Trek antes de Kirk e Spock, nos primórdios da colonização espacial. Pesonagens fracos e roteiros fracos, fuja. Tem até Vulcana pagando de gostosa…

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