Alguém colocou cenas lado-a-lado comparando a realidade da União Soviética de 86 com a série da HBO.
SPOILERS adiante, só veja depois de concluir a série.
A FINA ARTE DA NAVEGAÇÃO ALEATÓRIA.
Alguém colocou cenas lado-a-lado comparando a realidade da União Soviética de 86 com a série da HBO.
SPOILERS adiante, só veja depois de concluir a série.
Sem dúvida: a série do ano. Chernobyl, da HBO, é um filmão de terror psicológico em 5 partes, mostrando os acontecimentos após o desastre nuclear ocorrido na União Soviética em abril de 1986. Hoje, o maior desastre nuclear conhecido é retratado como um ponto turístico em incontáveis vídeos no YouTube.
Mas na época, em pleno regime comunista, pouco se sabia sobre as causas e consequências do desastre. A verdade sobre a escalada de fatos que levou à explosão do reator só foi revelada, por completo, anos depois. E nisso a série ganha o mérito. Ela conduz o público, minuto a minuto, das ações que levaram explosão do reator ao julgamento dos responsáveis, passando pelo terror invisível que é a contaminação por radiação até a morte lenta que ela causa em quem foi exposto. Isso sem deixar de lado o foco no descaso e incompetência das autoridades em subestimar o tamanho do estrago e no esforço heróico de soldados, mineiros e dos liquidadores de Chernobyl para limpar a sujeira pós-desastre.
Em tempos onde a verdade anda em baixa, bom rever uma série que expõe que a verdade sempre vem à tona. Custe o que custar.
Se você gostou da série e manja de inglês, recomendo o podcast:
E se o tema agradou, o livro Vozes de Tchernóbil: A história oral do desastre nuclear (ganhador do nobel de 2015), está em oferta na Amazon: R$ 14,90 (kindle).
E não é que tem gente pagando pra visitar Chernobyl. Eu pagaria, só para bater umas fotos. Mas na real eu acho que não vale o risco.
Parecem cenários de filmes de ficção pós-apocalíptica, mas são imagens reais, de cidades abandonadas. O motivo da desocupação é sempre triste ou trágico: guerras, explosões, radiação, falência econômica e catástrofe natural. Mas essa degradação documentada pelos drones serve tanto de material para estudos como um aviso, para que erros assim não se repitam no futuro.
A cidade chinesa de Taijin, depois das explosões, em 2015:
Detroit vista do alto (já falei de Detroit aqui):
O zoológico de Detroit, 2014:
Auschwitz, 2015:
Tomioka, a cidade abandonada depois do desastre em Fukushima, 2011:
Chernobyl, 2014:
Kobani, na Síria, 2015:
Ilha Hashima, abandonada desde 1974, em 2014, num documentário com várias imagens feitas por drones:
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