A FINA ARTE DA NAVEGAÇÃO ALEATÓRIA.

Categoria: Política

  • Alan Moore declarando seu voto

    Vê se o discurso do tio Alan Moore ajuda a clarear umas ideias pra 2022 ó:

    Aqui está algo que você não vê todos os dias: um anarquista avesso à Internet anunciando nas mídias sociais que votará no Partido Trabalhista nas eleições de dezembro. Mas estes são tempos sem precedentes.

    Votei apenas uma vez na vida, há mais de quarenta anos, estando convencido de que os líderes na maioria das vezes trabalham para beneficiar ninguém mais além de si mesmos. Dito isto, alguns líderes são tão inacreditavelmente malévolos e catastróficos que devem ser vigorosamente opostos por todos os meios disponíveis. Simplificando, não creio que mais quatro anos desses parasitas de direita vorazes e sorridentes nos deixem com uma cultura, uma sociedade ou um ambiente no qual temos o luxo de imaginar alternativas.

    O mundo miserável em que vivemos atualmente não foi uma infeliz mudança de destino; foi uma decisão econômica e política, tomada sem consultar a enorme população humana que afeta drasticamente. Se quisermos que seja de outra forma, se preferirmos um futuro que podemos chamar de lar, devemos parar de apoiar – mesmo passivamente – essa agenda conservadora voraz e insaciável antes que ela nos devore com nossos filhos como sobremesa.

    Embora meu voto seja principalmente contra os conservadores, e não para os trabalhistas, observei que o manifesto atual do Partido Trabalhista é o conjunto de propostas mais encorajador que já vi de qualquer partido britânico importante. Embora esses sejam tempos imensamente complicados e todos nós não tenhamos certeza de qual caminho devemos seguir, eu diria que o que nos afastará mais do iceberg aparente é a aposta mais segura.

    Se meu trabalho significou alguma coisa para você ao longo dos anos, se o modo como a vida moderna está fazendo você temer por todas as coisas que valoriza, então saia no dia da votação e faça sua voz ser ouvida com um voto contra esse pisoteio sem coração da segurança, dignidade e sonhos de todos.

    Um mundo que amamos conta conosco.

    Alan Moore,
    Northampton,
    20 de novembro de 2019.

  • Bandidos na TV

    Até o NETFLIX exibir em série a sinistra história do apresentador de TV que matava para ter audiência, o que eu sabia do programa Canal Livre era da briga do tio da esfiha com o manipulador de bonecos, aí acima…

    Mas eu vi o primeiro episódio, achei surreal demais… bom episódio. Quero ver os demais. Aí o trailer:

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  • Working from Home

    Num futuro (ou num presente), um ex-gamer profissional precisa ajustar sua rotina após uma lesão e trabalha numa espécie de Uber online, pilotando drones para o exército.

    Dos mesmos caras que desmascaram o mito da classe média e a MMT (Modern Monetary Theory).

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  • A era do Deep Fake chegou com tudo

    Todos os líderes mundiais cantando Imagine do John Lennon num belíssimo anúncio de uma startup inteligência artificial. Legal demais, se não fosse 100% fake. Essa tecnologia não é nova, mas é assustadora.

    O outro exemplo recente foi o Chapolin com a cara do Bolsonaro.

    Se já está difícil detectar um fato fake de um real, imagina com será difícil identificar um vídeo fake em tempo real. Como detectar um vídeo fake será outra ciência à parte.

  • Inteligência artificial a serviço da transparência

    Você sabia que tem um robô com inteligência artificial checando os gastos com os reembolsos efetuados pela CEAP (Cota para Exercício da Atividade Parlamentar) – verba destinada aos custos de alimentação, transporte, hospedagem e despesas com cultura dos parlamentares. Na verdade são dois.

    O Jarbas é um site que mostra detalhadamente cada atividade suspeita. E o bot de twitter Rosie (@RosieDaSerenata) é uma inteligência artificial capaz de analisar os gastos e publicar as suspeitas no twitter.

    Aí cabe a população questionar o parlamentar. A ideia do projeto é expandir para as esferas municipais.

    No site do projeto: Operação Serenata de Amor – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA CONTROLE SOCIAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA eles explicam como funciona e no github tem o projeto para você estudar ou colaborar.

    Se é um país sem corrupção que você quer, exija transparência. Com transparência dá para cobrar o poder público. E a tecnologia pode ajudar. A iniciativa faz parte do Open Knowledge Brasil (OKBR) e lá tem vários projetos além desse. Vale uma espiada.

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  • Consciência de Classe

    Consciência de Classe e Mobilidade Social precisam de mais atenção.

  • O Ódio Como Política e Educação de Alma Brasileira

    Quer aproveitar que agora todo mundo fala de política e entender o retrato atual da “onda conservadora” que inundou o país? A Editora Boitempo tá oferecendo de graça o livro O Ódio Como Política. A Reinvenção da Direita no Brasil (parte da coleção Tinta Vermelha) para Kindle. Aqui.

    O ódio como política, organizado por Esther Solano, chega às livrarias durante o período eleitoral, no momento em que o campo progressista assiste perplexo à reorganização e ao fortalecimento político das direitas. “Direitas”, “novas direitas”, “onda conservadora”, “fascismo”, “reacionarismo”, “neoconservadorismo” são algumas expressões que tentam conceituar e dar sentido a um fenômeno que é indiscutível protagonista nos cenários nacional e internacional de hoje, após seguidas vitórias dessas forças dentro do processo democrático. Trump, Brexit e a popularidade de Bolsonaro integram as complexas dinâmicas das direitas que a coletânea busca aprofundar a partir de ensaios escritos por grandes pensadores da atualidade. Tendo como foco central o avanço dos movimentos de direita, os textos analisam sob as mais diversas perspectivas o surgimento e a manutenção do regime de ódio dentro do campo político.

    E o ilustrador Daniel Araujo recomenda o Educação de Alma Brasileira, grátis, disponível aqui.

    No Brasil, o conceito de uma educação como direito social concernente a todos foi legitimado apenas no século XX, com a Constituição Federal de 1988. Uma conquista ainda muito recente, fruto do trabalho e do ativismo incansável de educadores de todo o território nacional. Ser um educador em meio a crises políticas e econômicas constantes, em condições de elevada desigualdade social e de desvalorização profissional, exige um tipo de força, de resiliência pessoal e coletiva, que termina por compor a essência de uma educação nacional.

    Nossos educadores se reúnem, formam redes que permitem a troca de experiências, o acolhimento e o estímulo para seguir em frente, driblando os diversos obstáculos e enfrentando corajosamente os desafios interpostos na caminhada.

    Nesse sentido, as relações são de extrema importância, e o afeto, sempre tão presente, imprime uma qualidade para o movimento educativo.

    A partir de uma mirada mais ampla para a educação, é com a gana de milhares de professores de tornar a educação um direito público de fato estabelece uma personalidade muito própria, que, de alguma forma, distingue a educação brasileira.

    Pilar Lacerda, Diretora da Fundação SM

    Se tiverem sugestões de livros grátis legais (tanto faz se é de direita ou esquerda), sugerira aí nos comentários. Vamos combater a desinformação e a formação de opinião baseadas em dados limitados e parciais.

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  • Trump é fascista?

    Sim, segundo o NYT.

  • O discurso do Bolsonaro

    O que representa o discurso de ódio que o Bolsonaro na visão do psicólogo Christian Dunker.

    Teve um vídeo com respostas também, aqui. E teve outro analisando o discurso do PT, aqui. Recomendo os três.

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  • Por que Sócrates odiava a democracia?

    Sócrates, o filósofo grego odiava a democracia. Para Sócrates, votar exige qualificação e sabedoria.

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