Pearl Jam na sexta-feira. Foto da Cris.
O Bruno, do Urbe (de endereço novo), fez uma resenha do show do Pearl Jam no Rio e já que ele fez esse favor pra nóis, aqui vai minha resenha rápida e rasteira do que rolou no Pacaembu nos dois dias.
Sexta
O melhor show em São Paulo. A banda abriu na porrada com “Go”, “Hail Hail” e “Animal” para então Eddie, regado à vinho e bom moço como aparenta ser, fazer uma pausa para que retirassem uma fã em êxtase do meio da multidão espremida e certificar-se que estava todo mundo OK. Pausa feita, elogios ao público e depois do apelo em português “Cuidem bem uns dos outros”, o show continua no mesmo pique da abertura. Eclético, e com mais hits que lados B, a banda fez todo mundo pular, cantar junto e delirar ao som de clássicos como “Corduroy”, “Alive”, “Even Flow”, “Porch”, “Jeremy”, “Do The Evolution”, “Better Man”, “Faithful”, “Given to Fly”, “Once” e “Black” e nem a irritante chuva fina que castigou São Paulo naquela tarde/noite desanimou os fãs. Mais de 10 anos de espera, a banda finalmente veio, tocou o que todo mundo queria ouvir e encerrou o show com as luzes do Pacaembu já acesas. Nota 9.
Sábado
Mais contidos e com o Pacaembu bufando desde antes do show do Mudhoney, a banda segurou a porrada e fez um show mais calminho. No set list, entre hits novos e velhos, vários lados B e músicas não muito conhecidas por aqui, incluindo aí “Crazy Mary”, “State of Love and Trust”, “Present Tense”, “Small Town”, “Lukin” e “Sad”, além dos covers “Kick Out the Jams” (com o vocal e guitar man do Mudhoney no palco), “Hide your Love Away” dos Beatles, “Believe in Miracles” (dos Ramones, tocada também na sexta) e “Rock in the Free World” do Neil Young para encerrar o show mas sem antes agradecer a presença do público, prometer um retorno em breve e agradecer até a vizinhança do estádio pelo volume do show. Mas foi em “Black” o ápice do show, numa versão mais longa, o backing vocal ficou por conta de um coro de 40 mil vozes que mereceu aplausos e elogios da banda. Desconfio que eles estavam com um certo receio de alguém se machucar caso repetissem a mesma pegada da sexta. Enfim, embaixo de um dia frio, nublado, sem chuva e um show 7.5, o Pearl Jam se despede da capital paulista.
Mas o melhor dos dois shows foi ouvir a galera esgoelando até perder a voz num uníssono coro que com certeza vai fazer a trupe de Seattle pensar duas vezes antes de deixar a América do Sul de fora de suas futuras turnês. Que sirva de aviso: aqui a gente canta junto, mesmo no embromation.
E o único vacilo foi a organização do show prometer cerveja até as 19h30 de sexta e para de vender uma hora antes. No sábado, a única cerveja que apareceu no estádio foi no coro da galera sedenta da arquibancada ANTES do show de abertura. É tanta lei proibindo barulho, bebida e outras drogas que já já shows como esse só serão possíveis fora da capital…
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