A FINA ARTE DA NAVEGAÇÃO ALEATÓRIA.

Mês: maio 2023

  • True Stories, de David Byrne

    Hora de desacelerar da vida, entrar na locadora do centro da cidade e alugar aquele filme estranho que tinha uma capa engraçada, que você viu por várias vezes mas nunca teve coragem de alugar achando que era um filme bobo. Você pega a fita, leva até o atendente, ele lê o título: True Stories, do David Byrne. E em seguida o balcão se abre para os lados, e atrás do atendente dançarinas aparecem, fazem uma saudação toda prateada e logo que elas saem de cena dançando, enquanto ao fundo você ouve os primeiros acordes do Talking Heads aparece tocando “Burning Down the House” ao vivo, em plena XV de Novembro em Lagoa Negra, no interior de São Paulo.

    Incrível como os múltiplos temas e personagens permanecem atuais. Quando assisti a primeira vez eu confesso que não entendi nada… mas lembro de ter achado que era um documentário. Mas ver agora fez muito sentido.

  • A arte de Bruce Gilden

    A relação de Bruce Gilden coma fotografia é um assunto a ser discutido em outro post. Mas ver o cara pegando de supresa seus retratados em plena rua lotada de Nova York sempre me fascina. São pequenos “ataques” repentinos com flash, 100% intuição, que pegam qualquer um desprevenido. Como se fosse um soco de luz na sua cara, assim, do nada. Bruce faz da fotografia de rua uma aventura. Natural do Brooklyn em Nova York, Gilden fez carreira na famosa Magnum Photos e segue na ativa (@bruce_gilden). Além das fotos de rua ele também é conhecido pelo seus retratos cruéis de pessoas estilão mugshot.

    E tem mais vídeos do cara, caso interesse: Aqui ele fala de carreira e dá algumas dicas, nesse aqui ele desce a lenha em fotos que a revista Vice pediu para ele analisar e termine com essa entrevista. E aqui um relato de um fotógrafo que passo um dia com Gilden, na rua.

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  • A arquitetura da Neo Tokyo de Akira

    Em 2022 rolou em Berlim uma exposição de arte sobre os desenhos, backgrounds, layouts e desenhos da produção de Akira. 59 desenhos originais. No site da galeria Riekeles Gallery, que organizou a exibição, tem alguns vídeos bem legais do curador mostrando alguns dos desenhos que foram exibidos. Dá pra ver em detalhes as pinturas detalhadas de algumas cenas. Aqui. E eles também vendem reproduções.

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  • Quando a Inteligência Artificial resolver cantar

    Uma lista com vários covers cantados pela Inteligência Artificial. Assista antes que tirem do ar:

    The Beatles tocando Bohemian Rhapsody, do Queen:

    Jim Morrison cantando Video Games, da Lana Del Rey:

    Freddy Mercury cantando Yesterday, dos Beatles:

    Kurt Cobain cantando No Surprises, do Radiohead:

    Kurt Cobain, de novo, cantando Clint Eastwood, do Gorillaz:

    E a lista segue. Procure por “AI cover” no YouTube.

  • O Making of de Pinnochio

    Impressionante como evoluiu o universo da animação stop-motion: mpressoras 3D de metal, máscaras de silicone e motion control, tudo aí no Making of de Pinocchio.

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  • Planeta web

    • Enquanto geral no Brasil está do lado da Globo (lembra? aquela que detonou o PT diariamente de 2006 até a queda da Dilma e que se fodeu com o Bolsonaro?) apoiando a PL das fake news, (a ideia é nobre, acho válido, mas já leram o artigo 32? Aquele que obriga as big techs a dar dinheiro pra globo?), o Google segue empurrando o Brasil pra escanteio deixando o país fora do Bard. Retaliação talvez? Espero que sim. E na tonelada de anúncios do IO 2023 as que mais me agradam são as que fazem código com programação e a integração com as plataformas tipo Gmail, Docs e Sheets. Mas quase tudo ali passa por IA. E o Brasil não tem acesso ainda… mas tenho uma ideia: vamos pedir pra anexar na PL para que a Globo seja o órgão regulador de como devemos agir ou pensar, que tal? Assim podemos seguir felizes assistindo remake de agro-novela e acreditando que a emissora golpista é pop.

    The Crab Doctor, um curtinha surreal do Justin Tomchuk, criador da série Interface.

    Adrian Tomine refletindo sobre suas capas da New Yorker

    • Eu sigo várias contas com imagens geradas por IA no insta. Me divirto, principalmente com os perfis scifi/futuristas. Mas não fazia ideia do trampo que é refinar o processo. A Vox fez um vídeo explicando como é o workflow do artista criador do Stelfie. Aqui.

    • E a revista Life fez um apanhado de fotos de skatistas dos anos 60. Uma mistura de inocência com vanguarda ali.

    • Trailer: Onoda – 10 Mil Noites na Selva sobre o soldado japonês que, isolado, lutou por anos, mesmo depois da segunda guerra ter acabado.

    • Trailer: Minding the Gap, um documentário intimista sobre uma turma de skatistas.

    • Já assinou a newsletter do Arnaldo Branco? Recomendo, Conforme Solicitado.

    • O making of do game Lumino City é legal demais. Aqui. E tem outra versão, só com fotos do processo, aqui.

    AT2021lwx só prova uma coisa: somos menos que insignificantes.

  • Finalmente uma câmera para as redes sociais

    Quem já filmou com uma DSLR, mirrorless, go pros ou celular já apanhou de alguma dessas necessidades: luz, estabilização ou som. A camerazinha Powershot V10 da Canon aí acima promete resolver boa parte desses problemas. Já pipocou review mostrando o uso dela e eu boto fé que já já essa câmera incentiva a concorrência a se mexer na mesma direção.

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  • Efeitos sonoros no Internet Archive

    No archive.org tem uma coleção respeitável de sons. Tem de tudo: sons de satélites, carros, hospitais, ovelhas, vacas, caixa de supermercado, buzinas, gorilas, o Papa, carros esportivos, músicas, telemetria de satélites e muito mais. Uma boa fonte para quem cansou de usar a mesma musiquinha de sempre do Youtube. Gostei dessa coleção abaixo, em 14 volumes, do selo Major Records: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14.

    Mas tem muito mais, basta uma busca por “sound effects” e um universo de possibilidades se abre.

  • WoodBots

    Tá circulando nos insta da vida um vídeo viral com esse brinquedo. Ele se chama BLOCK’EM POP’EM e é feito de skates reciclados pela empresa Brock Deck Creations (@brokedeckcreations). O objetivo é decepar o oponente – na real é só estourar um balão inflável que serve de cabeça. Ideal para molecada que curte uma batalha sangrenta.

  • 24 lições para a vida segundo Werner Herzog

    Numa livre tradução do livro Werner Herzog – A Guide for the Perplexed de Paul Cronin aí vão os conselhos do diretor alemão para a vida (e para futuros cineastas).

    1. Sempre tome a iniciativa.
    2. Não há nada errado em passar uma noite na cadeia se for para conseguir a cena que você precisa.
    3. Envie todos os seus cachorros, um deles pode retornar com a presa.
    4. Nunca chafurde em seus problemas; mantenha seu desespero breve e privado.
    5. Aprenda a viver com os seus erros.
    6. Expanda seu conhecimento e entendimento de música e literatura, antiga e moderna.
    7. Aquele rolo de filme não revelado que você tem em mãos pode ser o último em existência, então faça algo relevante com ele.
    8. Não há desculpas para não finalizar um filme.
    9. Sempre carregue um alicate corta vergalhão (aquele de quebrar correntes).
    10. Enfrente a covardia institucional.
    11. Peça perdão, não permissão.
    12. Tome seu destino com suas próprias mãos.
    13. Aprenda a ler a essência interior de uma paisagem.
    14. Ateie o fogo interior e explore território desconhecido.
    15. Caminhe sempre em frente, nunca desvie.
    16. Manobre e engane, mas sempre entregue.
    17. Não tema a rejeição.
    18. Desenvolva sua própria voz.
    19. O primeiro dia é o ponto sem retorno.
    20. A medalha de honra é falhar na aula de teoria do cinema.
    21. Oportunidade é o sangue vital do cinema.
    22. Tática de guerrilha são as melhores.
    23. Vingue-se se for preciso.
    24. Acostume-se com o urso atrás de você.

    Roubei daqui.

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